sexta-feira, 8 de junho de 2012

Soneto ao Silêncio



O meu silêncio tem um quê de sagrado
Fica guardado em teu olhar se desprende
Tanto me diz quanto te quero ao meu lado
Fala tão alto, teu olhar o entende

Deixo-o guardado; meu silêncio só teu
Pois sei que quando nossos olhos se amparam
Culto sagrado: teu silêncio no meu
Eles se guardam, nos protegem, se encaram

Nosso silêncio, sentimento, tem tom
É voz, sussurro, faz sorrir, dá prazer.
Pura harmonia. Nosso amor faz-nos ver
Luz por saber que ouvir silêncio é um dom.

Faz-nos ouvir só o que carece de o ser
Há melodia até na ausência de som

(Yvanna Oliveira)

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