Aos fins de tarde
O vento assobia
E a poeira unida
Entoa uma canção
Que soa amor
Vazio
E melancolia
Nas noites insones
Um cão abandonado segue
E uma coruja triste
Espreita por trás da cortina
O casal de amantes
E sua dança fúnebre
Amar é morrer
Um pouco a cada dia
E todo dia renascer
Quando o dia
Já se quer manhã
O primeiro raio adentra
Num toque suave
Beija a face
Da mulher adormecida
Sem disfarce, nem encanto
Sem pudor
Um raio de luz tem tanta força
Que enche de fantasia
O que por trás da janela
Carece de brilho
Padece de realidade.
(Yvanna Oliveira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário