sábado, 9 de agosto de 2014

Fenômeno Celeste

Os tons celestes já estão mudando
É fim de tarde e o sol em despedida
Anuncia na porta de saída
Que esta noite terá um tom mais brando

Apressada, eu sigo pelo asfalto
Corto prédios e pontes, pego a estrada
Sentindo-me outra vez desesperada
Sufoca-me este prédio que é tão alto

Os fios e letreiros da cidade
Luzes mortas de muita intensidade
Estragam a paisagem do lugar

Mas, súbito, eu vejo do meu carro
Com a imensidão sublime eu me esbarro
É a lua que não mais hei de encontrar.

(Yvanna Oliveira)